Além do era uma vez: conheça a Síndrome da Bela Adormecida

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Com certeza você conhece a história da princesa que foi amaldiçoada por uma feiticeira maléfica, caiu em sono profundo após picar seu dedo no fuso de um tear e só despertou muitos anos depois, após receber de um príncipe o beijo do amor verdadeiro. Esse conto de fadas conhecido como ‘A bela adormecida’ ultrapassa gerações e já teve sua narrativa adaptada diversas vezes, mas também, é o apelido de uma rara doença.

 

Você conhece a Síndrome da Bela Adormecida?

A Síndrome de Kleine-Levin, que por vezes é referida como Síndrome da Bela Adormecida, é uma desordem neurologia rara capaz de causar episódios de sono excessivo e alteração do comportamento.

Durante os episódios, as pessoas afetadas por essa síndrome podem chegar a dormir 20 horas por dia, se tornando incapazes de fazer tarefas cotidianas e viver a vida igual à maioria das pessoas.

Esses episódios podem ter algumas semanas de duração e ao seu término, o indivíduo volta à saúde perfeita até o início do próximo episódio.

 

A Bela Adormecida da vida real?

Poppy Shingleton é uma das pacientes diagnosticadas com a síndrome

A britânica Poppy Shingleton teve sua história divulgada ao redor do mundo e é uma das 1000 pessoas que foi diagnosticada com a Síndrome da Bela Adormecida. A enfermeira chegou a perder o seu aniversário, natal e outros feriados por estar dormindo.

“Eu dormi durante o natal e não acordei até passar o ano novo. Isso me deixa triste e afeta minha vida social. Meus amigos falam sobre as coisas que aconteceram for semanas e eu perdi tudo isso”, relata Poppy.

O primeiro episódio de Poppy ocorreu aos 18 anos e no início, ela e seus pais acharam que poderia ser o resultado de uma bebedeira descontrolada em alguma festa. Mas aconteceu novamente três semanas depois e Shingleton só acordou após sete dias.

 

O perfil dos indivíduos com a Síndrome da Bela Adormecida

Não se sabe a causa da Síndrome da Bela Adormecida. Essa doença extremamente rara e enigmática geralmente se manifesta na adolescência, mas seus sintomas podem começar em qualquer idade.

70% dos pacientes portadores da síndrome são homens, porém as mulheres tendem a ter a doença por um período mais longo.

Ao acordar, os indivíduos estão irritados, agitados e comendo de forma compulsiva. Após pouco tempo, a sonolência retorna e eles voltam a dormir.

Algumas pessoas apresentam também episódios de hipersexualidade, com comportamentos sexuais considerados anormais, sendo isto mais comum entre os homens.

 

Outros nomes para a Síndrome da Bela Adormecida

  • Síndrome de hipersonia e hiperfagia;
  • Síndrome de hibernação;
  • Sonolência periódica;
  • Fome patológica.

 

Descrição clínica

Os portadores da Síndrome da Bela Adormecida experimentam entre 7 e 19 episódios que duram dez a treze dias e recomeçam a cada 3 meses e meio em média. Os episódios ocorrem com mais frequência em pacientes que tiveram a primeira ocorrência na infância.

Todos apresentam hipersonia, tendo períodos de sono de 15 a 21 horas de duração por dia, confusão, apatia, lentidão e até amnésia.

66% dos diagnosticados apresentaram hiperfagia (aumento anormal do apetite), 53% vivenciaram episódios de hipersexualidade, ansiedade, alterações compulsivas ou de humor e depressão.

 

Diagnóstico e tratamento

Muitas vezes, o diagnóstico da Síndrome de Kleine-Levin é atrasado por ter seus sintomas atribuídos inicialmente a outras desordens de sono.

Alguns aspectos da doença são tratados por medicamentos específicos para combater a sonolência diurna excessiva e para outros sintomas psíquicos.

Uma boa notícia é que o distúrbio tende a desaparecer de repente, assim como surgiu, após dez ou 15 anos ou depois que o indivíduo passa dos trinta anos de idade.

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